Minha Pequena Boulangerie

Pãozinho de Açafrão

“Não sei como deveria ter ficado visualmente, mas esse pão está sensacional”! Essas foram as palavras dos meus queridos colegas lá do escritório (ou da fiRma, como minha mãe costuma dizer). Aliás, quero aproveitar a deixa e agradecê-los por toparem serem minhas cobaias semanais, experimentando grande parte das tentativas com os pães do Desafio Bertinet. VALEU PESSOAL!!!

Logo que comecei a me aventurar na cozinha, alguém me disse: “por enquanto, você está presa às receitas. Mas conforme você vai criando confiança, consegue colocar o seu toque pessoal e até inventar umas coisinhas…”. Acho que estou mais confiante, porque inventei um pouquinho nessa receita.

Viajei nas férias e fiquei 15 dias ausente, rezando para que meu fermento permanecesse saudável na geladeira. Quando retornei, estava doida para ativá-lo e usá-lo. Então, resolvi unir o útil ao agradável: utilizei meu fermento natural na receita do Bertinet.

Bem, realmente cometi alguns errinhos no “visu” desse pãozinho, mas o gosto ficou bom mesmo. O fermento natural faz muita diferença. A única questão é o tempo. Entre o início, ativar o fermento, e a última fase, assar o pão, são praticamente 15 horas!

Então, vamos lá: ativar o fermento. São 100 gramas de fermento, 200 gramas de água e 300 gramas de farinha integral. Deixei o fermento coberto dentro do armário por 5 horas. Depois, ele apresenta este aspecto:

 

Então, segui a receita básica de pão branco do Bertinet. Além disso, novamente, adicionei dois gramas de farinha de glúten para cada 100 gramas de farinha branca da receita. Ao todo, foram 10 gramas da farinha de glúten.

Nesse pão, utilizei um saquinho de pistilos de açafrão.

Aqui, cometi meu erro: se utilizar açafrão em pistilos, você deve triturar os pistilos. Eu achei que bastava esfarelá-lo com os dedos. Não deu. Eles simplesmente não se desfazem. Mesmo assim, trabalhei a massa e formei uma bola.

 

Cobri com um pano e deixei dentro do forno de micro-ondas desligado por… 5 horas! Como utilizei o fermento natural, o tempo de descanso é muito maior.

Depois dessa odisseia, retirei a massa da tigela e a derramei sobre a bancada, formando um retângulo. Dá pra notar os pontos em que os pistilos de açafrão foram acionados: ficaram marquinhas amarelas na massa.

 

Moldei a massa em formato de filão e a cortei em 10 pedaços iguais de aproximadamente 100 gramas cada. Depois, fiz um vinco em cada pãozinho, ficando parecidos com grãos de café. Coloquei os pãezinhos em uma assadeira com um pano bastante enfarinhado.

 

Depois, cobri a assadeira com outro pano e deixei descansando por mais uma hora.

Então, salpiquei algumas sementes de cominho e transferi para a pá levemente enfarinhada. Hora de ir para o forno!

 

Cada fornada levou cerca de 15 minutos. A ideia é que ficassem bem amarelinhos por causa do açafrão, mas o que consegui foram algumas pinceladas amarelas por dentro e por fora.

 

Fiz uma foto artística para concorrer com a foto do livro do Bertinet.

 

Mas quando comparamos ao original, abaixo, percebemos que eles ficaram pálidos como fantasminhas! Rs! Mas o gosto ficou ótimo!