Esta, sem dúvida nenhuma, foi a receita mais divertida e mais decepcionante ao mesmo tempo.
A história é a seguinte: no livro, o Bertinet escreve essa receita logo em seguida da receita do pain de mie porque, para fazer o pudim de pão, utiliza-se o pain de mie amanhecido, sem a casca. A parte divertida deve-se ao meu amigo maravilhoso, Wilson, que me deu a honra de relembrar nossa época de fazer sabonetes artesanais e dar muita risada!
Bom, as fotos a seguir são bem estranhas. Sugiro não prosseguir sem a supervisão de um adulto, pois o leitor poderá ficar muito impressionado.
São imagens fortes.
Como não tivemos que trabalhar a massa, fomos direto à montagem. Eu fiquei responsável por tirar a casca do pain de mie. Bem chatinho o trabalho. E o resultado foi, digamos… horrível. Foi nesse momento que eu senti que seria um desafio complicado.
O Wilson ficou responsável por picar todas as frutas vermelhas e tirar foto artística. Essa é a única foto bonita de toda a experiência.
Aqui veio mais uma ideia de jerico: no “auge” de minha técnica de panificação, achei que seria interessante dar uma tropicalizada nessa receita com frutas vermelhas e sugeri para o Wilson cortar algumas carambolas.
Não contente, pedi para ele distribuir as carambolas na fôrma, para ficarem firmes e apoiarem a base feita com o pão.
Então, segui a receita do livro: fiz praticamente uma geleia de frutas vermelhas e deixei esfriar um pouco. Depois, coloquei essa geleia na forma, sobre as carambolas. Cobri com um filme plástico, coloquei um peso sobre tudo (para dar o formato) e deixei na geladeira de um dia para o outro.
No dia seguinte – ou melhor, na noite seguinte, cheguei do trabalho super ansiosa, doida para desenformar o tal pudim maravilhoso.
Ao abrir a geladeira, já senti um cheiro meio estranho – sabe aquele cheiro de frutas descascadas? Então…
Bom, desenformei o tal pudim, que ficou com uma cara bem estranha.
Enviei a foto para o Wilson por zap zap e a resposta foi: “É… bonito não ficou, mas ficou saboroso pelo menos?”
Preferi não comentar.
Apesar de não gostar de frutas vermelhas, o santo do meu marido topou experimentar. Casamento já diz: na alegria e na tristeza… na saúde e na doença… deveria ter “na gostosura e na amargura”.
Nossa, ficou ruim. Diria mais que ruim: ficou muito esquisito. um gosto de bisnaguinha com molho de melancia… uma coisa aguada, sei lá. Urgh!
O Bertinet disse que serviu essa receita no casamento dele! Espero que ele e os convidados não entendam português! Rs!
Sabe aquela história de “o problema não foram as empadinhas que comi… foi a azeitona?” Então… o problema foram as carambolas!